Fotos: Corpos das 4 crianças vítimas de atropelamento em Londrina foram sepultados sob forte comoção e muitas lágirmas
O caso segue sob investigação.
Os corpos das 4 crianças que morreram vítimas de um atropelamento foram sepultados neste sábado (16). O distrito de São Luiz, onde o acidente aconteceu e onde as crianças moravam, fica a cerca de 30 km da cidade de Londrina, localizada no interior do Paraná.
O atropelamento aconteceu na última quinta-feira (14), e desde então luto e a tristeza tomaram conta da região. Por ser uma localidade pequena, praticamente todos se conhecem e a dor das famílias das vítimas é compartilhada por todos.
Os moradores distrito compareceram em massa para a despedida das crianças, várias pessoas não conseguiram segurar a emoção e choraram copiosamente.
Cerca de 300 pessoas acompanharam o cortejo em meio a profunda comoção, em memória das duas irmãs e dos dois irmãos gêmeos que perderam a vida.
Em decorrência do trágico incidente, a Prefeitura de Londrina decretou um período de luto oficial de três dias. A Polícia Civil está conduzindo as investigações.
Segundo o delegado Ernandes Alves, o motorista poderá ser acusado de homicídio com dolo eventual, uma situação em que não há intenção de matar, mas se assume o risco da ação. Os detalhes da investigação estão sob sigilo.
As crianças voltavam da escola quando a tragédia aconteceu, as vítimas foram identificadas como:
- Kelly Gonçalves Maximo da Silva, 6 anos (morreu no local);
- Kemelly Gonçalves da Silva, 10 anos (morreu no local);
- Adrian Moraes Bueno, 7 anos (morreu no local);
- Vinicius Moraes Bueno, 7 anos (morreu no hospital).
O condutor, de 73 anos de idade, chegou a ser detido pela Polícia Militar (PM-PR). Na sexta-feira (15), foi libertado pela decisão da Justiça após a audiência de custódia, e agora enfrentará o processo em liberdade.
No momento do incidente, permaneceu no local do atropelamento até a chegada das autoridades e submeteu-se ao teste do bafômetro, cujo resultado foi negativo. Em seu depoimento à Polícia Civil, o motorista alegou que sua visão foi prejudicada pelo sol.
A advogada do condutor, Thayssa de Paula Serra, argumentou que o local do acidente tinha sinalização insuficiente. Ela ressaltou também que não é possível determinar a velocidade do veículo no momento do ocorrido.
Além disso, a advogada enfatizou que o motorista está em tratamento contra um câncer.