Morte de bebê: pai diz que batia no filho para “corrigir” sonambulismo

No depoimento prestado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o pai detido, suspeito de agredir e causar a morte do seu próprio filho, Cássio da Silva Pereira, de apenas 2 anos, admitiu que utilizava a violência como um método de disciplina. Wagner Pereira da Silva, de 37 anos, confessou que aplicava socos e tapas no rosto e no peito da criança, sobretudo durante as madrugadas, alegando que o menino sofria de sonambulismo.

O exame de autópsia realizado no corpo de Cássio revelou lesões nos dois olhos, assim como uma ruptura no pâncreas. Na noite anterior, o pai havia admitido à PCDF que havia agredido o bebê após um pedido da esposa, Patrícia Viriato da Silva, de 25 anos, que estava cozinhando e solicitou a Wagner que tirasse o filho da cozinha para que ela pudesse se concentrar nas tarefas domésticas. Conforme o suspeito relatou, ele retirou a criança do local, mas o menino resistiu. Wagner, então, deu um puxão na orelha e aplicou dois tapas no rosto da criança, um em cada lado.

Na manhã seguinte, que era uma terça-feira, Wagner relatou que pouco tempo depois de Patrícia ter ido para a faculdade, Cássio teria se levantado. Nesse momento, o pai desferiu outro tapa no rosto da criança, que se retirou para o quarto. Cerca de uma hora mais tarde, Wagner enviou uma mensagem para Patrícia, informando que o filho não estava bem. Posteriormente, ele contatou o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) em busca de assistência para tentar reverter a situação do bebê, mas infelizmente, a criança não sobreviveu.

Devido à gravidade das lesões, existe a possibilidade de que o relato de Wagner seja falso e que as agressões contra o garoto tenham sido mais severas do que ele admitiu.

De acordo com o delegado adjunto da 6ª DP (Paranoá), Bruno Carvalho, a esposa também informou às autoridades que o casal tinha conflitos frequentes e que Wagner costumava descontar sua raiva no filho. Ela acrescentou que o marido era agressivo e já havia cometido atos de violência doméstica contra ela em ocasiões anteriores.

Uma vizinha da família, que preferiu não se identificar, relatou ter testemunhado, em frente à sua residência, a cena de Wagner atirando pedras em Letícia.

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