Para a polícia, a criança era submetida e tortura frequente desde que nasceu.
Um caso brutal e revoltante em Jaboticatubas teve detalhes divulgados pela Polícia Civil de Belo Horizonte. O caso vinha sendo investigado há meses, mas o relatório enfim chegou ao fim, com o indiciamento dos pais de um bebê recém-nascido.
De acordo com a polícia, o bebê sofria agressões desde o primeiro mês de vida. Hoje a criança esta prestes a completar um ano. As investigações começaram em março desse ano, de acordo com o inquérito, que foi divulgado hoje.
A polícia teve acesso ao caso depois e um pedido de investigação do Ministério Público de Minas Gerais, conforme explicou o delegado Victor Vasconcelos de Mattos. O MP-MG foi acionado pelo Conselho Tutelar, que já acompanhava o caso.
O Conselho começou a acompanhar a criança depois que o bebê foi internado com uma fratura no fêmur, o que levantou suspeitas de maus-tratos na equipe médica. O caso acendeu o alerta, mas a criança foi devolvida aos pais, que passaram a receber visitas aleatórias de conselheiros tutelares.
Em uma dessas ocasiões, a menina foi encontrada com febre e chorando muito. A criança foi encaminhada em estado grave ao hospital. O caso novamente gerou alerta, dessa vez envolvendo o MP-MG e, posteriormente, a polícia.
Para a polícia, a criança era submetida e tortura frequente desde que nasceu. Além do fêmur quebrado, a menina tinha 16 costelas fraturadas, em diferentes estágios de cicatrização.
O pai da criança, de 21 anos, foi indiciado por crime de tortura; a mãe, de 22 anos, pelo crime de tortura por omissão. Para a polícia, o rapaz era quem agredia a criança e a mãe, sabendo, escolheu se omitir.