No dia 23 de maio, o renomado apresentador Yudi Tamashiro foi levado às pressas para o hospital durante a manhã. A notícia foi divulgada por sua esposa, Mila, por meio de suas redes sociais, despertando a preocupação de milhares de fãs e seguidores em relação à sua saúde.
Na legenda da publicação, ela relatou que seu marido não estava se sentindo bem e estava apresentando sintomas como formigamento nas mãos, boca seca e agitação intensa. Posteriormente, foi revelado que o diagnóstico de Yudi é de síndrome de burnout.
Mila decidiu compartilhar um vídeo em seu perfil, fornecendo mais detalhes sobre a situação enfrentada pelo casal e anunciando que Yudi se afastaria das redes sociais para priorizar sua saúde.
DO QUE SE TRATA O DIAGNÓSTICO?
A síndrome de burnout é um diagnóstico caracterizado por um intenso esgotamento e estresse, geralmente causado pelo excesso de trabalho e preocupações constantes. Essa condição é comumente observada em profissões que envolvem pressão extrema e constante.
Os sintomas relatados são semelhantes aos experimentados por Yudi, mas também podem incluir dor de cabeça, alterações no apetite, insônia, dificuldade de concentração, sentimentos negativos e dores musculares.
O tratamento principal para a síndrome de burnout envolve sessões de psicoterapia, embora em alguns casos o uso de medicamentos também possa ser recomendado.
É importante ressaltar que o diagnóstico deve ser realizado por um profissional qualificado, como um psicólogo ou psiquiatra.
SÍNDROME DE BURNOUT ATINGE UM A CADA TRÊS PROFESSORES INFANTIS, RELATA ESTUDO
Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou que cerca de um terço dos professores da educação básica sofrem com a síndrome de Burnout.
O estresse no exercício da docência é ampliado devido a diversos fatores, tais como salários defasados, violência nas escolas e pressão por resultados. A pesquisa foi conduzida com a participação de 397 professores de colégios públicos e privados, provenientes de diferentes estados.
No estudo conduzido, foi utilizado um formulário online que consistia em três questionários para coletar dados dos professores participantes. Um dos questionários abordava a prevalência da síndrome de Burnout, contendo 25 perguntas distribuídas em quatro dimensões: esgotamento pessoal (exaustão não relacionada ao trabalho), Burnout relacionado ao trabalho (exaustão e frustração relacionadas ao trabalho), Burnout relacionado aos alunos (impacto da relação professor-aluno no entusiasmo profissional) e Burnout relacionado aos colegas (sentimentos em relação à equipe com a qual o profissional trabalha).
Os participantes respondiam a perguntas sobre cada dimensão, por exemplo: “Você se sente exausto logo pela manhã ao pensar em mais um dia de trabalho?” e assinalavam a frequência com a qual se identificavam com cada afirmação.
O segundo questionário abordava a satisfação no trabalho, com 66 perguntas que exploravam diversos aspectos, como salário, responsabilidades, relacionamento com colegas, condições de trabalho e reconhecimento. O terceiro questionário coletava dados sociodemográficos dos participantes.
Os resultados revelaram que 32,75% dos professores apresentavam sinais de Burnout, de acordo com as respostas fornecidas no formulário.
HOMENS E MULHERES
Segundo o estudo, maiores salários conferem diminuição das chances de esgotamento pessoal entre homens. Já para mulheres, quanto maior o salário, maior o risco de esgotamento.
O mesmo vale para as mães. Quanto maior o número de filhos, a mulher tem mais risco de esgotamento pessoal. Já no homem, o número de filhos é inversamente proporcional ao risco de desenvolver o transtorno.